Ter filhos é viver com o coração fora do peito.
Porque é sentir o nosso coração bater ao ritmo do coração dos nossos filhos. "Pelas minhas loiras, tudo", é uma frase que eu repito vezes sem conta. E é TUDO, mesmo.
A minha filha mais velha (na última foto, que provavelmente será a causa da minha morte quando ela a vir), fez 25 anos no passado dia 8. Um quarto de século, como é que é possível? Há que tempos que ela andava a reclamar uma festa surpresa e este ano foi o ano. Não foi fácil, ela é muito despistada, mas muito perceptiva em relação às coisas e é muito difícil de enganar. Eu já tinha tentado um monte de vezes, sem qualquer sucesso. Aliás, elas dizem que eu sou uma péssima mentirosa.
Este ano correu bem (obrigada Facebook) e consegui surpreendê-la com a ajuda da irmã, do cunhado e dos amigos mais próximos que colaboraram comigo para a fazer feliz naquele fim de tarde.
Andei quase uma semana a cozinhar e a preparar tudo com o carinho que ela merece. E correu tudo bem, muito bem. Foi um fim de tarde muito feliz para ela e, consequentemente, para mim. Porque a minha felicidade está directamente ligada à felicidade das minhas duas crias.
Entre tudo o que foi servido aos convidados, rissóis de camarão, croquetes de carne, croquetes de alheira, queijo camembert com goiabada, mousse de frango, chilli, folhado de salmão com espinafres e requeijão, brigadeiros, quindim, creme de mascarpone com lemon curd e amêndoas caramelizadas, esteve também o bolo de aniversário.
E como a minha filha adora côco, decidi fazer o meu bolo de côco, levemente humedecido com uma calda de leite e côco, recheado com creme de pasteleiro e pinhões caramelizados, cobertura de queijo creme e decorado com framboesas frescas e pistácio em pedacinhos. E ela adorou.
Então vamos lá ao bolo.
Ingredientes
Bolo
5 ovos
200g de farinha
200g de
margarina amolecida
120g de açúcar
1dl de leite
6 colheres de
sopa de côco
1 colher de
sopa de fermento em pó
Cobertura
1,5dl de leite
4 colheres de
sopa de açúcar
6 colheres de
sopa de côco
Preparação
Ligar o forno a 180º. Untar uma forma de buraco com
manteiga e polvilhá-la com farinha.
Bater a manteiga com o açúcar e ir juntando os ovos
um a um até obter uma massa lisa e homogénea. Juntar a farinha, o leite, o côco
e o fermento e mexer até incorporar bem todos os ingredientes. Levar ao forno
até estar cozido.
Entretanto levar ao lume num tachinho o leite, o
açúcar e o côco da cobertura e mexer até derreter o açúcar e o leite estar
quente, as sem ferver.
Retirar o bolo do forno e deitar por cima a calda,
sem tirar o bolo da forma. Deixar arrefecer um pouco e retirar da forma,
virando a parte do côco para cima.
Geralmente uso uma forma de buraco, mas neste caso e como queria várias camadas e um bolo alto, fiz duas receitas e cozi por três vezes numa forma redonda sem buraco.
O creme de pasteleiro que usei foi daqueles tipo instantâneo, basta juntar água e bater com a vara de arames e está pronto. Muito prático e muito bom. O que tenho na despensa atualmente comprei no Aldi e é de uma espanhola, La Villa. Tem a vantagem de ser sem glúten. Juntei-lhe para o deixar mais rico uns quantos pinhões que caramelizei numa frigideira com um pouco de açúcar mascavado.
A cobertura de queijo creme é a mesma do bolo red velvet. Também podem optar por outro tipo de cobertura. Estou em crer que um bom doce de ovos também ficaria muito bom. Depois é só decorar a gosto e desfrutar da festa.
Parabéns a mim que tenho as filhas mais maravilhosas do mundo. E que não sou nada babada... NADA mesmo.
Hão-de reparar que na foto abaixo o bolo começa a parecer a torre inclinada de Pisa. É que para ela não desconfiar andei com o bolo ao colo entre a casa da irmã e a dela e de volta à casa da irmã e o trânsito lisboeta não se compadece das boas intenções de uma mãe. Não foi fácil. Para o meu coração, claro.
Sem comentários:
Enviar um comentário