Acontece-me sobrar assim um bocadinho de uma carne aqui, outro ali. Umas porcariazinhas que já não dão uma refeição nem para um e que tenho pena de deitar fora.
no outro dia sobraram uns pedacinhos de chouriço, de alheira, de farinheira, de morcela, de um dia em que me pediram enchidos para o jantar. Depois sobrou um restinho de frango. Depois um pedacinho de pernil no forno. Estão a ver a ideia?
Às tantas temos o frigorifico cheio de caixinhas e não sabemos o que havemos de fazer àquilo. Eu não gosto de deitar nada fora. Faz impressão.
Agarrei nas caixinhas e comecei a pensar na vida delas.
E claro - fez-se luz - bola de carnes.
Desta vez dou-vos a receita. Já decidi que vou começar a partilhar algumas.
BOLA DE RESTOS DE CARNES
250g de farinha (normal daquela dos bolos)
3 ovos
1,5 dl de leite morno
60g de margarina derretida
1 saqueta de fermento de padeiro (Compra-se no supermercado, diz levedura de padeiro)
sal fininho
carnes diversas desfiadas ou cortadas em pedacinhos (no meu caso tem frango, leitão, pernil de porco, alheira, farinheira, chouriço mouro e normal, enfim tudo o que foi sobrando nos últimos dias e que fui guardando numa caixinha no frigorifico)
Mistura-se a farinha, os ovos, a margarina, o sal, o leite e o fermento.
Bate-se bem (eu bati à mão, mas como é uma massa mole podem usar a batedeira)
Juntei mais um bocadinho de farinha, tipo 3 colheres de sopa porque achei que estava mole demais. Tapar o alguidar e põr num sítio quentinho a levedar. Deve crescer mais ou menos o dobro.
Forrar um pirex com papel vegetal e colocar uma camada de massa, as carnes e cobrir com a restante massa (a minha deu para fazer dois tabuleiros não muito grandes).
Voltar a deixar levedar. Vai reparar que a massa cresce e fica mais fofinha.
Levar a forno médio já aquecido, mais ou menos 180º. Vai controlando e no final é só fatiar e comer. é maravilhosa.
Já sei que as bimbólicas vão dizer que fazem em não sei quanto tempo, bla, bla bla... Mas eu adoro este cenário do pôr a levedar, do espreitar e ver quanto é que já cresceu. É uma questão de antiguidade e eu sou uma pessoa antiga. Muito assumida e antiga.
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